DIETA MEDITERRÂNICA E A SAÚDE O fisiologista norte-americano Ancel Keys (1904-2004) e a sua equipa internacional de investigadores estabeleceram na década de 50 do seculo XX, o conceito medico-nutricional de “Dieta Mediterrânica”. Keys confirmou a importância para a saúde humana dos níveis de colesterol no sangue, do estilo de vida activo, do modelo alimentar e das convivialidades.
A “descoberta” surgiu de forma mais evidente nos anos 50 a partir de estudo “ Seven Countries, a Multivariate Analysis of Death and Coronary Hearth Disease” que desenvolveu uma análise comparativa da prevalência de doenças coronárias e cardiovasculares em sete países do mundo (Japão, Finlândia, Holanda, EUA, Jugoslávia, Itália e Grécia), uma amostra dos comportamentos alimentares de 12 700 indivíduos com idades compreendidas entre os 40 e os 59 anos.
Verificou-se uma menor prevalência de doenças do coração e maior longevidade em populações da bacia do Mediterrâneo que praticavam determinado tipo de alimentação e mantinham comportamentos sociais, tais como o exercício físico resultante de deslocações a pé e dos trabalhos sobretudo agrícolas, convivialidades intensas na família e nas comunidades.
Estudos posteriores têm vindo a confirmar as conclusões de Keys sobre os factores preventivos para a saúde humana induzidos pelo consumo sazonal dos produtos frescos, de vegetais e frutas, vinho, azeite, frutos secos, aromáticas e cereais. O excesso de consumo de gorduras animais e de alimentos muito processados e pouco variados, o sedentarismo e o isolamento social, são a principal causa das “doenças da civilização” e de perturbações na saúde mental.
A prevenção de diabetes, dos AVCs e de vários tipos de cancro e os excelentes resultados obtidos com a alimentação mediterrânica constam de vasta bibliografia médica. A Organização Mundial da Saúde reconheceu nos anos 90 do século XX a Dieta Mediterrânica como um modelo alimentar de excelência.
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